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  • Writer's pictureClau Gazel

Elisabeth Le Brun no Grand Palais

Conhecida especialmente em razão dos retratos que fizera de Maria Antonieta, Elisabeth Louise Vigée Le Brun revelou-se uma pintora de certo modo ambiciosa, cuja carreira, entretanto, não esteve unicamente atrelada ao seu estreito relacionamento com a monarquia francesa. A exposição inaugurada esta semana no Grand Palais, grande primeiro evento cultural na França dedicado exclusivamente à  Elisabeth Le Brun, oferece um amplo espectro de sua carreira e não deixa dúvida de sua amplitude e seus méritos.


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Nascida em uma família parisiense que respirava arte – seu pai  Louis Vigée era pintor especializado em pastel e seu tio Alexandre Vigée, escultor – Madame Le Brun desenvolveu sua veia artística desde muito cedo. Dedicando-se aos retratos familiares, já recebia elogios de seu pai que era capaz de jurar que a mesma seria uma pintora de renome. Em 1774 Le Brun é admitida na Academia de SAint-Luc. Apenas 4 anos depois, já dominando perfeitamente a arte do retrato, ela executa o primeiro retrato de Maria Antonieta.


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No entanto, os percalços históricos afastaram drasticamente Madame Le Brun de seu país natal e, consequentemente, de uma monarquia à dois passo da extinção. A Revolução Francesa foi o motor de uma forçada e longa separação de seu país: ameaçada, a pintora se viu obrigada a deixar a França. No entanto, o exílio não a distanciou de sua carreira. Pelo contrário. Em outras terras a pintora encontrou novos ares, novas inspirações e, sobretudo, um novo mercado para seu trabalho. Florença, Nápole, São Petesburgo e Moscou. Viena, Londres, Bélgica e Holanda.

Após 12 anos de exílio, em 1802 ela retornou a Paris, sem jamais ter interrompido suas atividades. Em pouco tempo, passou à frequentar novamente a aristocracia francesa, para quem trabalhava sem cessar, colocando em prática sua técnica meticulosa e detalhista em retratos que se multiplicaram em inúmeras capitais europeias.

E se precisa de um empurrão para ir até lá, destacamos 6 motivos para ver a exposição no Grand Palais:

1. os primeiros retratos de sua carreira já beiram a perfeição;

2. a riqueza de detalhes das rendas, plumas e tecidos reproduzidos nas telas chegam a dar vontade de tocar a tela, de tão reais. rendas, veludos e transparências são perfeitamente identificáveis nos quadros;

3. grande parte das 150 obras expostas provém de coleções particulares. Pode ser uma ocasião única para vê-las;

4. sua história denota sem dúvida a de uma mulher à frente de seu tempo;

5. o fato de sua história de cruzar com a da Revolução Francesa dá uma apimentada na exposição;

6. os retratos de crianças, cheios de graça e delicadeza, prendem a atenção do visitante.

Aproveitem!


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Anote: Grand Palais – Avenue du Général Eisenhower – 75008; de 25.03.2015 a 13.0.2015 – qua/seg. 10h/20h; qua. até 22h; ingressos 13 euros; metrô Champs-Élysées Clemenceau/linhas 1 e 13.

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