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Velázquez no Grand Palais à partir de amanhã!

Writer's picture: Clau GazelClau Gazel

Pela primeira vez na história a França consagra uma exposição à obra completa de um dos grandes nomes da pintura europeia do Séc XVII, Diego Velásquez.


Diego_Velázquez_Infante Marguerite

O pintor, antes de se tornar um artista dedicado à corte espanhola, esteve rodeado de pintores em sua terra natal, a Andalusia, onde frequentou durante 6 anos o atelier de Francisco Pacheco, responsável por sua formação. É através da imersão do visitante no universo artístico frequentado por Velázquez em Sevilha que o Grand Palais inicia a tão esperada exposição: retratos e desenhos de Pacheco, esculturas de Alonso Cano (Imaculada Conceição – 1640) e de Juan Martínez Montañés (Imaculada Conceição – 1606/1608).

Em meados de 1615/1620 a obra de Velázquez se volta para aspectos denominados naturalistas. Em seus quadros começam a aparecer com frequência cenas do quotidiano das cidades espanholas, tendo como protagonista uma população bem distinta daquela que passará a retratar anos mais tarde. É a população humilde e trabalhadora que frequenta as chamadas bodegas (espécie de taberna onde serviam comidas a quem não tinha cozinha em casa) que ocupa mais da metade das obras produzidas pelo pintor durante esta fase, classificada como naturalista. Mas é em meados de 1620 que, aproximando-se da corte da Espanha, embora ainda sem ser aceito, Velázquez desvenda o gosto pela modernidade e assim, adotando um estilo caravagista, coloca-se à um passo de encantar a realeza madrilenha. Jusepe de Ribera, Luís Tristán e outros contemporâneos de Velázquez também marcam presença nesta exposição, com obras vindas de diversos países como Alemanha, EUA, Hungria, Itália, Espanha e Irlanda.

É em 1623 que Velásquez é nomeado “o pintor do rei”, ano em que foi autorizado a fazer o primeiro retrato real. Para se adequar ao gosto da corte o pintor espanhol decide aperfeiçoar-se na Itália, e faz sua primeira viagem ao país. Roma, Ferrara, Veneza e Cento são algumas das principais cidades italianas pelas quais passou e que nutriram o grande mestre espanhol de sabedoria. Graças às diversas influências – Pierre de Cortone, Poussin, Gerchin –  Velázquez passa dos retratos da corte à reprodução de paisagens. Seu novo estilo é perceptível em seu retorno da Itália, quando começa a se dedicar aos retratos de Baltasar Carlos, o novo herdeiro do trono que nascera durante sua estadia na Itália. Sete retratos estão expostos no Grand Palais e espelham com clareza esta fase do pintor.

Na parte seguinte da exposição encontra-se uma grande quantidade de retratos, dentro os quais figuram os das crianças da corte: Marguerite, Marie-Thérese, Felipe Próspero e outros. Impossível neste altura não se indagar a respeito do famoso “Las Meninas”. No entanto, a grande obra de arte do pintor espanhol reside no Museu del Prado e de lá jamais sairá. Para quem deseja vê-la, será preciso esticar a viagem até Madrid!

Para encerrar, a última sala é dedicada à Juan Bautista martinez del Mazo, definido como “o mais fiel discípulo de Velázquez”.

Anote: Grand Palais – Avenue du Général Eisenhower – 75008; de 25.03.2015 a 13.07.2015 – qua/seg. 10h/22h; dom e seg. até 20h; ingressos 13 euros; metrô Champs-Élysées Clemenceau/linhas 1 e 13.

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