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  • Writer's pictureClau Gazel

Bate-volta Paris/Londres: fazer ou não, eis a questão.


Bate-volta: esse é um assunto recorrente entre os turistas sobre o qual as opiniões se dividem. Conhecer mais lugares, ficando menos tempo em cada um deles ou, gastar mais tempo em cada cidade, “aprofundando a viagem”? Eu sou categórica: em princípio, sou avessa à bate-volta, seja para onde for. Correria, acordar cedo, longas distâncias em pouquíssimo tempo, e muita coisa deixada de lado… especialmente a possibilidade de descobrir, de flanar, de andar a esmo sem saber para onde ir ou o que fazer. É bem verdade que toda a regra tem sua(s) exceção (ões). Mas neste caso, levando-se em conta todos os considerandos abaixo, garanto que elas não serão muitas.

1. Paris e Londres são 2 cidades relativamente grandes, que oferecem inúmeras atrações e oportunidades culturais. É difícil dizer que não terá mais o que fazer em Paris a ponto de querer se mandar para Londres. E vice-versa.

2. Na maioria das vezes as exposições temporárias, shows e espetáculos são únicos e,  podem ser o mais interessante na sua visita. Logo, ainda que você já conheça Louvre, D’Orsay, Torre Eiffel e Notre-Dame, pense que Paris é muito além disso e isso pode estar a seu alcance.

3. A imensa maioria das pessoas vem para Paris e não fica mais do que 5 dias. Logo, sair um dia inteiro da cidade significa perder 20 % da sua estadia em Paris.

4. O preço mínimo do trecho do Eurostar é de 50 euros, se comprado com bastante antecedência. Logo, o bate-volta já parte de um valor mínimo de 100 euros por pessoa. De última hora, o trecho pode chegar a custar perto de 200 euros!

5. Londres também é cheia de coisas para fazer e conhecer. Considerando que o primeiro trem sai de Paris por volta de 7 da manhã e o último, retorna às 20h, e cada trajeto dura em torno de2h20, o prazo máximo na cidade seria de 10 h. Se você ainda não conhece a cidade, continuará sem conhecer; dá tempo de, no máximo, fazer um tour meia-boca pelos principais pontos turísticos. E é bem possível que, ao invés de um gostinho de quero mais, você sinta é frustração!

O que pode justificar, então, colocar os pés na terra da rainha e dar meia-volta? Uma imensa vontade de comer num restaurante que não esquece? Um exposição especial na Tate Modern?

Isso tudo é mais um emaranhado de perguntas e idéias do que soluções. Pois cada um encontrará sua própria resposta e ela, com certeza, será bastante pessoal. A minha idéia é apenas ajudar o leitor a pensar se o tão falado bate-volta Paris/Londres vale mesmo à pena ou se é mera empolgação para ganhar mais um carimbo no passaporte.

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