Sexta-feira, mais de 11 da noite, estou voltando para casa de bike e, de repente, o trânsito foi paralisado por carros de polícia. Achei que fosse algum político ou coisa parecida. Em São Paulo, quando via a Brigadeiro Luis Antonio parar ao som estridente das sirenes era porque logo 3 ou quatro carros pretos cheios de políticos iriam passar. Buf. Que bode. De repente, milhares de pessoas de patins passam bem à minha frente. E a cena dura quase 10 minutos. De cima da bike eu filmo. E dou risada. Dou risada porque Paris me surpreende a cada dia, desde que cheguei, há um ano. E eu que achava já saber demais sobre essa cidade. Sobre ela e sobre os parisienses, esse povo que bufa, que coloca os pés dentro das fontes nos parques, que carrega a baguette pra lá e pra cá, que senta à beira do rio e que faz piquenique como ninguém. Esse povo que trabalha para viver e não vive para trabalhar. Esse povo que vibra com o verão e que se diverte às ruas como ninguém. Esse povo que anda de bicicleta, de patinete e de patins. Pois eis a novidade – que fique claro, novidade para mim, pois o negócio existe há 10 anos: toda sexta, às 22 horas, um grupo de patinadores, denominado Paris Roller, se encontra ao lado da Tour Montparnasse para dar início ao passeio de patins com duração de 3 horas. O passeio só é adiado em caso de chuva ou caso o chão esteja molhado. Todos podem participar. O encontro é mantido por uma associação que, além dos patrocinadores, conta com a contribuição de associados. Essas e outras informações estão no site da Paris Roller. É, como sempre digo, Paris tem dessas coisas!
Obs. Esse post é dedicado à leitora do blog Daniela de Almeida Santos.