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  • Writer's pictureClau Gazel

Pega-turista: se ficar o bicho come


roda

Se ficar o bicho come . Mas se correr o bicho não pega. Depois de quase 7 anos por aqui, sinto de longe o cheiro de um pega-turista. Como o próprio termo diz, pega-turista é tudo aquilo que é armadilha ou truque para enganar o turista , com produtos/serviços de baixa qualidade e preço alto. Resumindo:  lugar que só turista entra e que locais tem até arrepio de olhar. E isso, queiramos ou não, existe em todo o lugar do mundo. Do Rio ao Japão, dando uma passadinha por Paris, lógico. Exemplo valem mais do que mil explicações.

Angelina Café – tem muita gente que vai me atirar uma pedra, mas é o que acho de um local que tem apenas nome por tudo o que viveu no passado, mas tem um péssimo atendimento e ainda obliga os clientes à consumirem. Parece que estão fazendo um enorme fazer em atender e ainda exigem que cada um à mesa peça um produto. Além disso, o tão famoso chocolate foi parar nas prateleiras de supermercados. Caseiro? Não piso mais.

Restaurant 58 na Torre Eiffel – nunca fui, mas só de olhar as fotos e o conceito empregado, já sinto o cheiro da roubada. Me vem à mente o título de um texto que li há muito tempo: “churrasco na laje em Paris”. Pelos mesmos 41 euros para comer o que eles chamam de pique-nique chique, você poderá almoçar em ótimos restaurantes, inclusive estrelados.

Restaurant Jules Vernes – também nunca fui, mas minha experiência com os roteiros personalizados e o retorno dos clientes me permite dizer que 100% das pessoas que escutei disseram que não vale o que se paga (no mínimo 105 euros por pessoa no almoço). E mais, não é você que escolhe a mesa em que senta e por isso não é garantia que ficará pertinho dos pés da Torre Eiffel. Reflita então antes de se embalar no conselho do vizinho ou do colega de trabalho.

Banheiro pago na Champs Elysées – 2 euros para usar um banheiro? Sem comentários.

Lojas e restaurantes da Champs Elyseés – embora seja tida mundialmente com uma das avenidas mais bonitas do mundo, as características de chique e tipicamente francesa já são coisa do passado. Lojas de cadeia dividem espaço com restaurantes de fast food. Nem todos, é claro. O Fouquet’s ainda continua firme ve forte, mas não fica longe de um Quick ou Mc Donalds, nem lembro mais. Uma farmácia 24 horas também foi ali instalada, não longe da loja da Mercedes e de outras marcas de carros. Logo mais parece que vai rolar uma loja do M&M. Welcome to the USA !

Roda-Gigante na Concorde – a vista é linda, isto não vou  – nem posso – negar. Mas 12 euros para dar apenas 4 voltas é um abuso.

Saint-Michel e seus cafofos – as ruas de Saint-Michel são super típicas, mas os restaurantes que se espalham por ali, com cardápio com fotos e gente para te puxar para dentro, são de qualidade questionável.

Place do Tertre em Montmartre – uma praça cheia de história – foi inaugurada em 1635 – mas cheia de pegadinhas, começando pelos péssimos restaurantes e terminando pelos ambulantes.

Escadarias para os tetos da Sacre-Coeur – dá-lhe esforço para subir e ter exatamente a mesma vista que terá do exterior da igreja.

Café de Flore – um lugar que merece ser visto pela sua história, mas a comida é péssima e o café custa quase 5 euros.

Les deux Margots – exatamente a mesma opinião que tenho sobre o Café de Flore.

Centro comercial em la Défense – ir até lá para conhecer a região, ok, é interessante, especialmente pela arquitetura do arco. Mas para ir no shopping? Entendi direito? Deixar de andar pelas ruas de Paris para se enfiar num shopping realmente eu não entendo.

Dormir na Disney – entendo o desejo dos pais de levarem as crianças ao parque. Eu mesma fui duas vezes com a sobrinhada. Mas acho que dormir lá é realmente uma roubada. Para isso, melhor ir de vez para Orlando.

E é isso aí: se ficar, o bicho come!

Para enriquecer este post, conto com a ajuda dos viajantes e leitores experientes! Comente, grite, esperneie ou simplesmente concorde.

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